Vivitar Series1 19-35mm

19-35mm

1:3.5-4.5

Φ77mm

auto focus zoom

made in Japan

O figurae não costuma dedicar posts à equipamento, mas dada a dificuldade em encontrar reviews e matérias sobre essa lente, especialmente em português, pareceu uma idéia interessante tecer alguns comentários.

Antes de mais nada não seria demais aclarar que essa lente foi desenhada para câmeras analógicas – ou seja, cobre tranquilamente a diagonal de uma fullframe; tem funcionamento eletrônico, foco manual ou automático com grip travado.

Robusta, montagem metálica, um visual geral amistoso e de boa ergonomia, pra falar a verdade: um item interessante, e barato se você procurar o que têm por aí à venda.

Particularmente essa da imagem foi comprada de segunda mão do amigo fotógrafo Marcos Paulo, em um kit que continha várias outras coisas. Veio com o UV de 77mm e um polarizador até agora não teve muito uso.

Mas enfim, à lente:

Em analógicas: Muito boa, ao menos sempre foi minha opinião quando comecei a fotografar em PB com filme de revelado manual. Bom detalhe, um buquê discreto com bordas suaves e volumosas, meio algodoadas, se é que me faço entender. Baixa distorção, circulos de confusão muito bem definidos quando em infinito.

Em uma réflex aps-c: Um choque, ao menos ao princípio. Na verdade imagino que a experiência do revelado manual não cobrou tanto do que se podería esperar em termos de resolução do detalhe, principalmente no extremo da maior abertura. Na digital o comportamento ficou muito mais evidente.

Mas tudo bem, foi bom pra descobrir que entre f9 e f16 o rendimento melhora substancialmente, com algo de máscara de enfoque no jpg ou já cozinhando o raw com um incremento de detalhe o resultado virtualmente surpreende.

Em crop 100%: jóia; mas como dito antes vai depender muito da abertura que você estiver usando. Por exemplo: se a idéia é trabalhar com f3.5 tenha em conta que vai fazer falta algo de um tratamento mais agressivo pra recuperar informações, nos f intermediários muito menos, ou quase nada.

Uma coisa curiosa nessa lente é a relação com os modos de medição. Matricial ou pontual pra ela é quase a mesma coisa, o que vai fazer com seja um pouco mais complicado pra medir pequenas áreas. Digo isso porque, em comparação, a 18-55mm do kit da Canon opera melhor em função das àreas de medição nas focais equivalentes. Mesmo assim nada pra assustar tanto, não estive tratando de aplicar o sistema de zonas, Ansel Adamns passou longe, e dedicando algo de atenção fica difícil perder a exposição.

Outra coisa curiosa: a tendência ao flare. Já aviso logo: sol de lado, flare. Alguma lâmpada, flare. Reflexos de metais, flare. E pode colocar o parasol, mas até você pegar a manha vai ter muito flare em suas fotos. Igualmente não é pra assustar, estou convencido de que com algo de atenção o uso de qualquer equipamento se converte em algo interessante quando você aprende a evitar comportamentos indesejados.

Bom, não era a intenção esgotar o debate ao redor desse ítem; mas uma coisa é certa: Se você está entrando no mundo das Réflex e tem a oportunidade de econimizar uma boa quantidade de dólares comprando somente o corpo – no meu caso ao não comprar com a do kit foram 250,00 doletas menos – e possui ou pode chegar a possuir uma dessas, eu recomento bastante. Com essa grana que você economizou, junte um pouco mais e adquira uma lente melhor, ou compre outra coisa que lhe faça falta.

E com todas as dificuldades que se apresentem por não ser uma L seguramente você vai aprender um bom bocado de coisas.