domingo, 19 de julio de 2009

Essa foto que se guarda, que acompanha os passos, que revive e reanima. Se não me engano foi em um texto de Fontcuberta, em algum lugar li sobre fotografia como vidência e evidência, mas o fato é que a evidência (?) faz uma certa falta, e registrar esses momentos cotidianos, hábitos, costumes e jantares está meio que no imaginário, na etiqueta, na escrita representativa do sujeito. A noção do real como dependente da memória, Borges disse que “não há nada tão doloroso como a lembrança exaustiva e indiscriminada de cada um dos detalhes de nossa vida. Fotografamos para reforçar a felicidade desses momentos, para cobrir ausências, deter o tempo e postergar a ineludibilidade da morte”. Em momentos onde recomeço a querer revisitar e registrar algumas situações rotineiras, vejo que a gênese aponta pra estetização do referente, o contexto armado por outra norma, mudando o significado. Tudo bem com isso, inclusive se encontram em algum lugar, há algumas indicações anteriores, meio que observo, misturo. Está esta sobreposição de capas, novas verdades.

the pen story

1 comentários:

Adri dijo...

Amei!!! Busquei o site por causa do Vilén Flusser e achei esse video ;)